A Ciência pode ajudar você a se dar bem no ENEM
Preparar-se para o ENEM é uma maratona, não um sprint. Combinar técnicas baseadas em evidências com autoconhecimento e planejamento é a chave para o suces... (Continue lendo)
EDUCAÇÃO
5 Dicas Cientificamente Comprovadas para se Preparar para o ENEM
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma das provas mais importantes para estudantes brasileiros, e a preparação exige mais do que apenas horas de estudo: requer estratégias inteligentes. Com base em pesquisas científicas sobre aprendizagem e técnicas de estudo, reunimos dicas eficazes para ajudar você a otimizar seu rendimento. Confira!
1. Estude em Intervalos Curtos e Frequentes (Spaced Repetition)
A técnica de espaçamento ou repetição espaçada é respaldada pela ciência da memória. Segundo o psicólogo Hermann Ebbinghaus, nosso cérebro esquece informações rapidamente, mas revisar o conteúdo em intervalos crescentes (um dia, uma semana, um mês) fortalece a retenção. Um estudo publicado na revista Psychological Science (2013) comprovou que estudantes que utilizam essa técnica têm desempenho 15% superior em provas.
Como aplicar: Divida seu cronograma em blocos de 30 a 50 minutos de estudo, com pausas de 10 minutos. Revise os temas mais complexos em diferentes dias, usando apps como Anki ou Quizlet para criar flashcards digitais.
2. Pratique a Recuperação Ativa da Memória (Active Recall)
Passar os olhos pela matéria não é suficiente. A recuperação ativa — tentar lembrar informações sem consultar o material — é uma das técnicas mais eficazes, segundo pesquisa da Universidade de Purdue (EUA). Em um experimento, alunos que testaram seu conhecimento com questões práticas tiveram resultados 50% melhores do que os que apenas releram textos.
Como aplicar: Resolva provas anteriores do ENEM e simule situações de teste. Ao errar, anote o motivo e revise o conteúdo. Plataformas como o QG do Enem oferecem bancos de questões gratuitos.
3. Intercale Matérias Diferentes (Interleaving)
Estudar um único assunto por horas pode dar uma falsa sensação de domínio. A técnica de intercalação, defendida por pesquisadores da Universidade da Califórnia, sugere misturar temas distintos em uma mesma sessão. Isso força o cérebro a fazer conexões e melhora a flexibilidade cognitiva.
Como aplicar: Se você estuda Matemática e Biologia, alterne entre exercícios de álgebra e revisão de ecologia. Isso evita a “decoreba” e estimula a aplicação prática do conhecimento.
4. Priorize o Sono de Qualidade
Dormir bem não é luxo: é essencial para consolidar a memória. Uma pesquisa da Universidade de Harvard mostrou que estudantes que dormem 7 a 9 horas por noite têm maior capacidade de reter informações complexas. Durante o sono, o cérebro reprocessa o que foi aprendido, fixando-o no longo prazo.
Como aplicar: Evite virar a noite estudando. Inclua pausas para descanso e estabeleça uma rotina noturna — como desligar telas uma hora antes de dormir e praticar meditação.
5. Adote uma Mentalidade de Crescimento (Growth Mindset)
A psicóloga Carol Dweck, da Universidade Stanford, demonstrou em seus estudos que alunos com mentalidade de crescimento — que acreditam na capacidade de evoluir com esforço — superam aqueles que veem a inteligência como fixa. Encarar erros como oportunidades de aprendizado reduz a ansiedade e aumenta a resiliência.
Como aplicar: Troque frases como “não sou bom em Redação” por “vou praticar mais até melhorar”. Celebre pequenos progressos e não desista após um simulado ruim.
Importante: Cuide da Saúde Física e Mental
Exercícios físicos liberam endorfinas, que melhoram o humor e a concentração, segundo a Universidade de Bristol (Reino Unido). Além disso, uma alimentação balanceada, rica em ômega-3 (presente em peixes e nozes), está associada a melhor desempenho cognitivo.
Preparar-se para o ENEM é uma maratona, não um sprint. Combinar técnicas baseadas em evidências com autoconhecimento e planejamento é a chave para o sucesso. Lembre-se: a consistência supera a perfeição.
Referências Científicas:
Ebbinghaus, H. (1885). Sobre a Memória.
Karpicke, J. D., & Blunt, J. R. (2013). Retrieval Practice Produces More Learning than Elaborative Studying with Concept Mapping.
Rohrer, D., & Taylor, K. (2007). The Shuffling of Mathematics Problems Improves Learning.
Walker, M. (2017). Why We Sleep.
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